Campeonato do Nordeste pode ser a salvação?

Em 2002 a Placar noticou a Copa do Nordeste como a competção com a maior média de público do país

A Copa do Nordeste, que depois transformou-se em Campeonato do Nordeste, disputado entre os anos de 1997 e 2003, foi o torneio regional de maior sucesso do Brasil, mas foi boicotado pela CBF a partir de 2003, resistindo por mais esse ano e extinto. Coincidência ou não, a partir de 2003, os clubes mais tradicionais da região passaram pelos piores momentos de sua história, como a queda do Bahia e do Vitória para a Série C e do Santa Cruz para a Série D.

Este campeonato deu certo porque a torcida nordestina é apaixonada por futebol e a rivalidade entre os estados da região tornou-se um atrativo a mais, ocasionando em grandes rendas, atraindo a atenção da mídia televisiva e consequentemente, de grandes marcas.

Diante do quadro decadente do futebol nordestino e da necessidade de mudança para salvação dos times da região, poderíamos começar com uma antiga idéia, que sempre deu certo: resgatar a Copa do Nordeste. E como poderia dar certo se o calendário atual prevê oito meses de campeonatos nas Séries A e B?

Poderiamos realizar um campeonato em duas fase, uma de chaves e outra eliminatória. A realização dos jogos ocorreria no segundo semestre do ano, nas datas da Copa Sul-Americana. O campeonato poderia contar com 16 clubes dos 9 estados nordestinos, com 4 chaves de quatro clubes, o campeão e o vice de cada chave fariam jogos de mata-mata até se conhecer o campeão, com a final prevista para o início de Novembro.

Para os clubes que estivessem participando da Copa Sul-americana, seria facultativa a sua participação na Copa do Nordeste. Os 7 estados melhores ranqueados pela CBF contariam com 2 clubes e os dois menores ranqueados com um clube cada. Os jogos poderiam ser televisionados pelas emissoras locais e com certeza um Bahia x Campinense ou um Sport x CSA dariam maior audiência que um Botafogo x Colo-Colo.

As receitas dos clubes aumentariam com o aumento de público nos estádios e aumento das cotas de televisão. Algumas marcas poderiam se interessar em patrocinar alguns desses clubes e canais fechados estariam dispostos também a transmitir o torneio. Com mais dinheiro em caixa, poderiam se contratados melhores jogadores, ou pelo menos, pagar os salários em dia dos seus elencos. Dessa forma, os times nordestinos não dariam tanto vexame como está acontecendo este ano.