sábado, 28 de agosto de 2010
Pobre Maranhão, pobre futebol do Maranhão
O Estado do Maranhão é o único estado nordestino que não sofre com a seca, além disso, é favorecido pela quantidade de rios perene que cortam o seu território. Na economia, o estado escoa a maior parte do ferro de Carajás através do Porto de Itaqui. A mina de Carajás é a maior mina de minério de ferro do mundo.
Mesmo sem os problemas climáticos que sofrem os outros estados nordestinos, o Maranhão consegue ser um dos Estados mais pobres do Nordeste e do Brasil. Dentre os 26 estados e mais o D.F. o Maranhão é o 26º em Índice de Desenvolvimento Humano, 26º em longevidade, 25º em educação e 27º em renda. Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (15 de setembro de 2008).
Com todos esses índices negativos, o futebol maranhense não poderia ficar imune. O campeonato estadual é um dos mais desorganizados do Brasil o que acarreta em várias batalhas extra-campo. Mas o grande golpe do futebol maranhense, talvez o maior de todos os tempos aconteceu essa semana. O Moto Clube, um dos clubes mais tradicionais do futebol maranhense, junto com o Sampaio Corrêa, acaba de anunciar o seu fechamento por tempo indeterminado.
O time que caiu para a 2ª divisão em 2009, alega que sai do futebol devido a desorganização da Federação Maranhense de Futebol (FMF) e por problemas financeiros. O Moto Clube tem 24 títulos estaduais e é o segundo maior papão de títulos do Maranhão, além de ter uma das duas maiores torcidas. Se isso não bastasse o JV Lideral, atual campeão maranhense e que até domingo, era um dos representantes do estado na Série D, anunciou também a sua saída do futebol, alegando os mesmos motivos.
Mas o que se esperar de um estado dominado pela família Sarney, que há mais 40 anos não deixar o Maranhão entrar nos trilhos e que impressiona pela ganância por dinheiro e poder de seus membros e aliados. Pobre Maranhão, pobre futebol do Maranhão.
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