terça-feira, 3 de abril de 2012

Torcida única recusada


Ainda bem que não houve acordo na reunião realizada entre MP, PM, FBF, clubes e torcidas organizadas, onde foi discutida a proposta de torcida única em Ba x Vis. A torcida única caso fosse implantada com o argumento de evitar a violência, só penalizaria o bom torcedor, que vai ao estádio apenas para torcer pelo seu time e que eu acredito que seja a grande maioria dos frequentadores dos estádios soteropolitanos.
A medida também não garantiria evitar o confronto de membros das organizadas, pois "o pau come" mesmo é fora dos estádios, nos terminais de ônibus e em alguns bairros a quilômetros de distância dos dois estádios, como o Largo do Tanque, por exemplo.
Agora o que não dá par entender mesmo é a paciência que a polícia e o Ministério Público tem com essas duas torcidas (Bamor e Imbatíveis), que na minha opinião, já deveriam estar a muito tempo fora dos estádios. Esses "pseudotorcedores" copiaram das torcidas do Rio e de São Paulo o modo operandis das organizadas desses dois estados, na maneira de agir, de cantar e até de se vestir.
Lembro-me que até meado dos anos 90, as batalhas que existiam entre as organizadas era quem cantava mais bonito, quem abria a maior bandeira ou quem incentivava mais o seu clube. Naquela época já existia  a Bamor, a Povão, A Leões da Fiel e outras. A Imbatíveis não existia e essa torcida foi o "divisor de águas" no futebol baiano. Essa torcida, junto com a  Bamor, "paulistinizou" o perfil do torcedor baiano, onde mesmo sendo minoria, acabam aparecendo mais, principalmente devido as ocorrências policiais.

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