segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quantos mais precisarão tomar tiros na cabeça?


Foto: A Tarde on line

Mais uma vez o BA x VI foi manchado pela violência causada entre a guerra entre as torcidas organizadas de Imbatíveis x Bamor. Segundo informações veiculadas por diversos meios de comunicação, um garoto de 14 anos, que utilizava um uniforme da Bamor, foi atingido com um tiro na cabeça e segue internado no Hospital Jorge Valente, após receber os primeiros socorros no HGE. Informações desses mesmos sites dão conta que os disparos foram feitos por integrantes da Torcida Imbatíveis, que fugiu logo em seguida aos disparos. Outro caso de violência foi registrado em Narandiba, onde um jovem de 19 anos morreu baleado por supostos torcedores do Bahia.

Mais uma vez a cena se repete e mais revoltante que isso é a inércia das autoridades, que continuam permitindo que essa e outras torcidas ditas “organizadas” existam. Revolta também a omissão dos dirigentes dessas facções que repetem o discurso que não podem responder pelos atos de seus integrantes, ora, se eles criam uma torcida e permite que pessoas façam parte dela, como podem fugir da responsabilidade dos atos de seus integrantes?! Realmente não dá para entender como membros de uma facção tão violenta, como é essa Toricda Imbatíveis continuam agindo sem que ninguém responda por esses atos. A Torcida Uniformizada Imbatíveis é conhecida por entoar hinos com letras de incentivo ao embate com a Bamor e utilizar símbolos e mascotes aterrorizadores. É conhecida também pela semelhança com torcidas violentas do eixo Rio-São Paulo.

A Torcida Organizada Bamor, que existe desde 1977, após a criação da Imbatíveis, mudou o seu perfil, deixando de ser conhecida como a mais animada da Bahia, e passando a cometer atos de violência, justificada pela famosa “Lei do Talião”. A mudança de perfil dos seus membros fez com que a Bamor passasse a se parecer com a rival, a começar pela justificativa dos seus diretores, quando são interpelados por atitudes violentas dos seus membros.

Já passou, e muito, do Ministério Público responsabilizar civil e criminalmente os responsáveis por essas torcidas pelos atos violentos cometidos através de seus membros e poderia começar já, proibindo os torcedores dessas facções de terem acesso a final do Campeonato Baiano. E não adianta fazer reuniões com os “chefes” dessas torcidas, pois todas as tentativas de pacificação já foram tentadas nas sucessivas reuniões que sempre ocorrem antes dos BA x VIs. Acho que não da mais para dialogar com “eles”, pois os crimes e as mortes que já ocorreram, desde a criação da Imbatíveis e o início da guerra com a Bamor, já são suficientes para extingui-las, ou no mínimo, proibir o seu acesso aos estádios.

2 comentários:

FUTEBOL BAIANO disse...

Claudio. Novamente, preciso de seu endereço de e-mail....

Claudio Lima disse...

limacc@bol.com.br